Eletroímãs supercondutores | Propriedades e aplicação

Eletroímãs Supercondutores: Uma Visão Geral

Os eletroímãs supercondutores representam um avanço significativo na tecnologia de geração de campos magnéticos. Diferentemente dos eletroímãs convencionais, que utilizam bobinas de fio de cobre ou alumínio, os eletroímãs supercondutores empregam materiais especiais que exibem resistência elétrica zero quando resfriados a temperaturas extremamente baixas. Essa característica permite que as bobinas conduzam grandes correntes sem perda de energia devido à resistência, resultando na geração de campos magnéticos excepcionalmente fortes.

Componentes Principais

Fio Supercondutor: Feito de materiais como ligas de nióbio-titânio (NbTi) ou nióbio-estanho (Nb3Sn), esses fios exibem resistência elétrica zero abaixo de uma temperatura crítica.

Sistema de Refrigeração Criogênica: Para manter suas propriedades supercondutoras, é essencial resfriar esses materiais a temperaturas muito baixas, utilizando sistemas de refrigeração com hélio líquido ou nitrogênio líquido.

Bobina: O fio supercondutor é enrolado em uma bobina, concentrando e intensificando o campo magnético. O design e a geometria da bobina variam conforme a aplicação desejada.

Fonte de Alimentação: Fornece a tensão necessária para conduzir a corrente elétrica através da bobina supercondutora, gerando o campo magnético.

Sistemas de Controle e Proteção: Monitoram parâmetros como temperatura, corrente e força do campo magnético, incluindo circuitos de proteção contra quench para evitar danos à bobina em caso de perda súbita da supercondutividade.

Aplicações

Ressonância Magnética (MRI): Essenciais para máquinas de MRI, fornecem campos magnéticos fortes e uniformes necessários para imagens médicas de alta resolução.

Aceleradores de Partículas: Como no Grande Colisor de Hádrons (LHC), geram campos magnéticos intensos para direcionar e focalizar partículas de alta energia.

Trens de Levitação Magnética (Maglev): Empregam campos magnéticos poderosos para levitação e movimento dos trens com mínima fricção.

Pesquisa de Fusão Nuclear: Em reatores experimentais como tokamaks e stellarators, criam campos magnéticos para confinar e controlar plasma de alta temperatura.

Ímãs de Pesquisa: Utilizados em aplicações de pesquisa que exigem campos magnéticos extremamente fortes e estáveis, como em espectroscopia de RMN, ciência dos materiais e experimentos de física de alta energia.

Supercondutividade

A supercondutividade é um fenômeno distinto da condutividade normal. Os melhores condutores normais, como prata e cobre, não se tornam supercondutores em nenhuma temperatura. Os novos supercondutores cerâmicos são bons isolantes quando não estão em temperaturas suficientemente baixas para estar em um estado supercondutor. A relação entre supercondutividade e baixas temperaturas é fundamental. Para um material tornar-se supercondutor, deve ser resfriado abaixo de uma temperatura crítica, variando de alguns Kelvin (K) a várias centenas de K. A baixas temperaturas, as vibrações atômicas no material diminuem, permitindo a formação de pares de Cooper, que são pares de elétrons ligados por vibrações da rede. Em um metal normal, os elétrons encontram resistência ao colidir com os átomos na estrutura da rede, mas em um supercondutor, os pares de Cooper se movem através da rede sem resistência.

Tipos de Eletroímãs

Existem vários tipos de eletroímãs, cada um projetado para aplicações específicas:

  • Solenóide: Bobina cilíndrica usada em atuadores de dispositivos variados.
  • Eletroímã Toroidal: Minimiza vazamentos magnéticos, ideal para indutores e transformadores.
  • Eletroímã em Forma de U: Usado em ímãs de elevação e separadores magnéticos.
  • Eletroímã em Forma de C: Empregado em relés, chaves e outros dispositivos com movimento controlável rápido.
  • Bobinas de Helmholtz: Gera um campo magnético uniforme, útil em pesquisas científicas e calibração de magnetômetros.
  • Chucks Eletromagnéticos: Utilizados para segurar peças de trabalho ferromagnéticas em processos de usinagem.
  • Eletroímãs Supercondutores: Geram campos magnéticos extremamente fortes, utilizados em MRI, aceleradores de partículas e sistemas de levitação magnética.

Funcionamento de um Eletroímã

Um eletroímã gera um campo magnético quando uma corrente elétrica flui através de um fio condutor, geralmente enrolado em uma bobina. Isso é baseado no princípio do eletromagnetismo, descrito pela lei de Ampère e pela lei de Biot-Savart:

  1. Corrente Elétrica: Uma tensão aplicada aos extremos de um fio condutor causa o fluxo de elétrons, criando uma corrente elétrica.
  2. Geração de Campo Magnético: De acordo com as leis de Biot-Savart e Ampère, um campo magnético é gerado ao redor do fio.
  3. Formação da Bobina: O fio é enrolado em uma bobina para concentrar e fortalecer o campo magnético.
  4. Núcleo Ferromagnético: Um material ferromagnético dentro da bobina amplifica a força do campo magnético.
  5. Controle do Campo Magnético: Ajustando a corrente elétrica, pode-se controlar a força do campo magnético.

 

header - logo

The primary purpose of this project is to help the public to learn some exciting and important information about electricity and magnetism.

Privacy Policy

Our Website follows all legal requirements to protect your privacy. Visit our Privacy Policy page.

The Cookies Statement is part of our Privacy Policy.

Editorial note

The information contained on this website is for general information purposes only. This website does not use any proprietary data. Visit our Editorial note.

Copyright Notice

It’s simple:

1) You may use almost everything for non-commercial and educational use.

2) You may not distribute or commercially exploit the content, especially on another website.